Ana Carô Amaral

Pensamentos soltos sobre a vida depois dos 30

Andei lendo: Azul é a cor mais quente | Julie Maroh

Quando o filme de Azul é a cor mais quente saiu, vários amigos me indicaram assisti-lo. Enrolei, não fui ao cinema e fiquei com ele na cabeça. Aí naquele dia na Cultura vi a HQ e fiquei mais curiosa ainda. Cheguei em casa e vi que o filme já estava no Netflix, assisti meia hora e brochei. Achei lento, um ritmo muito arrastado e que fazia a história não parecer tão interessante para mim. Tentei assistir de novo em um outro dia, porque achei que eu que não estava no clima da primeira vez e foi a mesma coisa. Em pouco tempo desisti.

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Quando ganhei o livro da Dani, confesso que fiquei com medo da HQ ter o mesmo ritmo do filme. Mesmo assim, continuava doida para ler porque já sabia um pouco sobre a história e fiquei curiosa para saber de tudo.

Clémentine é uma menina de 15 anos que sempre achou que fosse “normal”: hétero, aluna mediana, se dava bem com os pais, tentava se ajustar ao seu grupo de amigos. Até que um dia ela vê uma menina de cabelos azuis na rua e não consegue tirá-la da cabeça. Emma invade seus sonhos e a faz ter desejos sexuais que nunca haviam passado pela cabeça dela. Tudo isso a deixa tão confusa que ela se separa do namorado e entra em crise, lutando contra esse desejo doido por uma pessoa que ela só viu de longe, sem saber nem o nome.

O único amigo que sabe o que se passa com Clémentine é Valentin, um menino que já passou por tudo o que ela passa e se aceita como é. Valentin a leva à um bar gay, para ela ver que não tem problema nenhum em ter uma escolha sexual diferente da que achava que tinha e que as pessoas são muito felizes se aceitando. Claro que Valentin arranja um boy magya pra ele, deixa Clémentine sozinha por um momento e ela acaba indo para outro bar gay, somente para mulheres. E quem ela vê lá? A Emma, é claro. Hehehe. Emma também tinha ficado encantada por Clémentine quando elas se cruzaram na rua alguns meses antes e vai falar com ela.

Depois desse encontro, as duas ficam amigas, flertam e passam muito tempo juntas. Emma é mais velha, tem uma namorada e acredita que Clémentine é na verdade hétero, então evita qualquer tipo de relação amorosa com a menina. Mas as duas se apaixonam, não conseguem se segura e eu vou parar de falar porque você tem que ler pra saber o resto. :p

A história é bonita, mas também muito tensa. Clémentine se questiona muito, tem vários problemas ao se assumir homossexual e recebe apoio de poucas pessoas. A história é triste, mas gostei muito do livro. Fora que boa parte da história é contada através dos diários da Clémentine e achei isso super legal.

Terminei o livro pensando em dar mais uma chance ao filme. Veremos se consigo terminá-lo agora. ;)

Preço: R$33,90 no Submarino

Ana Carolina

7 comentários em “Andei lendo: Azul é a cor mais quente | Julie Maroh

  1. Eu assisti o filme inteiro com muito esforço devido ao ritmo rsrs, mas mesmo assim fiquei com vontade de ler o livro…
    Isso porque eu achei que no filme o diretor deu mais importância pra pegação e atração física que havia entre as duas personagens do que nesse conflito pessoal da personagem Clementine (Adele)… Achei a Adele super sonsa no filme rsrsrs
    Acho que no HQ essa parte psicológica do personagem deve ser mais legal de ser descoberta.

    beijosss

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