Ana Carô Amaral

Pensamentos soltos sobre a vida depois dos 30

Só assisti quando acabou: Dead Like Me

Gosto de ter uma série para assistir sempre que não estou a fim de assistir nada que está passando na TV e não quero ficar no sofá o tempo de duração de um filme, sabe? E foi assim que descobri Dead Like Me no catálogo do Netflix.

A sinopse me interessou bastante: Georgia Lass é uma garota de 18 anos que morre ao ser atingida por um assento sanitário que se soltou de uma estação espacial. Ao morrer, ela se vê de pé pertinho de onde está seu corpo e é recebida por Rube, que explica que agora ela é uma ceifadora de almas. E aí George (o apelido de Georgia) começa uma nova vida. Interessante, né? Eu achei.

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George viveu seus 18 anos sem deixar grandes marcas na vida de outras pessoas. Basicamente só seus pais e a irmã mais nova sentem sua falta. Ela chega a falar que não fez amigos e que nunca namorou e, como ela tinha abandonado a faculdade, não tinha contato nem com colegas de classe. Sua morte aconteceu no almoço de seu primeiro dia de emprego na Happy Time, então lá também ninguém realmente sentiu sua falta.

Ao virar uma ceifadora, George descobre que esse não é um emprego remunerado e é obrigada a encontrar um emprego para se sustentar e uma casa para morar. Os primeiros episódios são meio chatinhos porque a George faz muito o tipo revoltadinha com tudo, sabe? Tem muita coisa que se ela fosse mais prática teria resolvido melhor e mais rápido, mas também o que a gente pode esperar de uma menina de 18 anos que morreu tão de repente e agora tem que assimilar toda essa nova realidade de uma só vez, né?

Ao virar ceifadora, George só tem sua aparência real quando está com outros ceifadores. Para os vivos, George tem um rosto bem diferente do seu e teve que assumir uma nova identidade, para não levantar suspeitas. Ela escolhe se chamar Millie e volta a trabalhar na Happy Time, que é uma agência de empregos temporários.

O grupo de ceifadores de George é responsável por cuidar das mortes por elementos externos: assassinatos, acidentes, suicidios, etc. Ao todo, são 5 pessoas: Rube (o chefe, que recebe os dados de quem irá morrer naquele dia e os distribui aos outros), Roxy (uma mulher de uns 40 anos, durona e que tem como segundo emprego ser policial), Daisy (uma atriz loira e linda, com um histórico sexual cheio de famosos) e Mason (um inglês que morreu nos anos 60 ao tentar perfurar o próprio crânio para ficar chapado – alcoólatra e usuário de drogas). Logo no comecinho da série também tinha a Betty, mas a personagem resolve quebrar as regras e “ir para a luz” com uma alma que ceifou e nunca mais falam dela. Fiquei o tempo todo esperando uma explicação, mas não veio.

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Todos os dias o grupo se encontra em um restaurante para tomar café da manhã e pegar o post-it com sua tarefa do dia, distribuído por Rube. E é para lá que os personagens sempre voltam para se encontrar, a qualquer hora do dia. No post-it eles recebem a primeira letra do nome e o sobrenome completo da vítima, o local e a hora exata da morte. Ao encontrarem a pessoa no local e horário marcado, eles passam a mão na pessoa para ceifar a alma antes que o acidente aconteça e assim a pessoa não sinta dor. Ao morrer, a alma é incentivada por eles a aceitar a morte e ir para a luz.

Confesso que a primeira temporada não me empolgou muito, mas como vi que a série só durou duas temporadas (tendo 29 episódios no total) continuei a assistir. E a segunda temporada é muuuuuito melhor. Os personagens são mais aprofundados, George já se conformou em ser ceifadora e já não interfere tanto na vida de sua família.

Os diálogos são bem engraçados e Mason é garantia de histórias doidas e imbecis. Hahaha. É meu personagem favorito, garrei amor nele. Roxy também é bem legal e, quando a gente entende porque Rube se apegou tão facilmente à George, passamos a gostar mais dele também. Ele acaba virando uma espécie de pai para a menina (que chega a falar isso para ele no último episódio da série).

No geral a série teve vários pontos soltos, algumas falhas de roteiro… chegou uma hora na primeira temporada que tudo se arrastava tanto que cheguei a pesquisar se não tinha sido escrita na época daquela greve de roteiristas (e não foi). Pesquisando, descobri que o mesmo cara que criou Pushing Daisies (que eu adorava) criou essa, mas largou o projeto depois dos primeiros 5 episódios alegando que o clima nas gravações era insuportável. A série foi exibida entre 2003 e 2004.

No Netflix também tem o filme da série, lançado diretamente em DVD em 2009 e que conta com quase todo o time de atores da série. Como o ator que interpretava o Rube não assinou contrato, no filme o personagem dele finalmente viu a luz e agora o grupo de George tem outro chefe. O filme é um pouco arrastado, mas funciona como fechamento para a série, já que o último episódio da segunda temporada não trouxe fechamento algum. Vale para quem assistiu as duas temporadas.

E agora aceito sugestões de outras séries que estejam no Netflix. Não ligo de ser série antiga, mas já adianto que só tenho saco para assistir se tudo já estiver no catálogo deles. Hahaha. ;)

Ana Carolina

13 comentários em “Só assisti quando acabou: Dead Like Me

  1. Eu já tinha visto essa série no Netflix e fiquei tentada a começar a assistir mas acabei postergando isso. Agora lendo seu post fiquei mais afim e acho que vou começar finalmente! Haha :)

  2. Adorava essa série, vi na época que passava na sony, mas nunca cheguei a terminar, pq na época não encontrei para download :P Não sabia que tinha o filme e nem que era do mesmo criador de Pushing Daisies, outra série que adorava!

  3. Nunca tinha ouvido falar, acredita?
    Pushing Daisies é outra que queria ver mas nunca vi. Vou aproveitar agora que Revenge foi cancelada e Hart of Dixie tbm e vou começar a ver umas velharias heh

    1. E eu que não sabia que Revenge foi cancelada? Desisti dela no meio da segunda temporada pq achei q tavam enrolando demais, agora q cancelaram acho q vou voltar pra saber o final. Hahaha.

  4. Nunca nem ouvi falar, mas rolou uma preguiça de saber que ela se arrasta na primeira temporada.
    Já falei 3295693489x de The 100, mas não tem no Netflix =(

    Vi The Office no netflix, eu amava, mas nem todo mundo gosta. E retomei Revenge (q acabou de cancelar, então são 4 temporadas)

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