Andei lendo: Bala na agulha | Marcelo Rubens Paiva

Flávio Castilho era um rapaz comum, de classe média alta, que por puro tédio começa a traficar na escola. A coisa vai crescendo, ele começa a fazer viagens internacionais traficando até que, claro, vai preso. A família fica sabendo, mas não faz nada para ajudá-lo. Ele sai da cadeia, volta para o Brasil e não avisa eles. Um tempo depois, resolve ir para Nova Iorque ganhar a vida.

Claro que o ganhar a vida dele é do jeito mais torto possível: a ideia é virar um traficante bem sucedido na Big Apple, então no começo ele se prostitui para juntar um bom capital inicial para o negócio. Consegue todo esse dinheiro, vira um traficante com bastante cliente e leva uma vida sossegada. Tão sossegada, que ele torce para que algo de novo aconteça. E acontece.

Um dia percebe que está sendo seguido. Ao chegar em casa, acha que podem ter seguido ele até lá e sai. Assim que sai, arrombam a porta do seu apartamento e pronto, ele tem que fugir mas não tem dinheiro nenhum, já que tudo o que tinha ficou no apartamento.

Flávio pede ajuda à um cliente ligado à embaixada brasileira. Precisa de um passaporte falso novo, mas não tem dinheiro para pagar. O cliente topa arranjar o passaporte desde que ele faça um servicinho em troca: um programa com uma brasileira que está doida para sofrer um estupro encenado. Ele topa, faz o serviço e quando sai do quarto para pegar o pagamento, o cliente sumiu e quem aparece no lugar dele são os policiais de quem ele estava fugindo.

A moça que queria ser estuprada aparece morta e adivinha se não é o Flávio o principal suspeito? A partir daí ele entra numa fuga louca e vem parar no Brasil, onde seu pai acabou de ser eleito presidente do país.

Não vou falar mais nada, mas adorei o livro. Ótimo enredo e, como boa fã do Marcelo Rubens Paiva que sou, achei a narrativa muito envolvente. Super recomendo.