Andei lendo: Vida Modelo | John Casablancas

Fiquei um tempinho sem falar o que andei lendo porque achei que estava falando muito sobre isso por aqui, mas não parei de ler não: além desse, já tenho outros dois esperando para serem postados. ;)

Vida Modelo (Aventuras e confidências do inventor de top models) – John Casablancas
Vocês sabem que eu ADORO biografias, mas também que tenho essa mania doida de só ler alguma depois que a pessoa já estiver morta, certo? Quando vi que o John tinha lançado esse livro, fiquei babando para ler, mas não quis comprar exatamente porque sabia que ia ficar com a sensação de que a história não tinha fim. hahaha. Daí que foi uma surpresa super legal quando o pessoal do Beleza Mundial me mandou um exemplar de presente.

No começo do livro achei o Big John meio metidinho demais, do tipo e-fiz-eu-sei-eu-conheço. Mas depois, quando ele começou a falar da sua infância/adolescência dentro do colégio interno ele me ganhou. Estuda em colégio interno sempre foi meu sonho nerd: eu morria de inveja da criançada que morava na escola, nos filmes sobre colégios internos. E aí com o relato do John, pude ver que esse tipo de escola podia ser exatamente do jeito que eu imaginava e não aquele lugar chato estilo prisão que sempre são mostrados nos filmes.

Claro que Sr. Casablancas não estudou em qualquer colégio interno, mas no Institute Le Rosey, o colégio interno suíço dos super ricos e influentes, em que os estudantes passam o verão em uma propriedade e o inverno em outra, para poderem aproveitar os esportes de cada estação. Gente, MEU SONHO. Quero morrer e nascer em 1940 filha de alguém hiper rico e poderoso, só pra poder aproveitar essa escola. Pode ser?

Depois que se formou no colégio, John não foi para uma boa faculdade (não era muito bom aluno e conseguiu estragar a segunda chance de entrar em uma por causa de um rabo de saia), viajou um monte (sempre atrás de alguma mulher) e teve alguns trabalhos menos importantes. Até que um dia a mãe de uma amigo brasileiro da época do Le Rosey o convidou para trabalhar na Coca-Cola Brasil e ele aceitou. Veio, ficou algum tempo, aprendeu português e se casou com a namoradinha francesa, que veio morar com ele. A estada por aqui não durou muito e ele voltou para a França, teve uma filha com a francesa e se divorciou.

Foi na época em que se separou da primeira mulher que ele conheceu a modelo Jeanette Christiansen, que já fazia bastante sucesso e o estimulou a abrir sua primeira agência de modelos. A agência não foi muito bem e faliu. Um tempinho depois, Jeanette convenceu John a apostar no negócio novamente e assim nasceu a Elite Models, com a proposta de só agenciar as modelos mais caras e importantes, só a elite da profissão. A agência cresceu pra caramba, John virou marido da Jeanette e tiveram um filho: Julian Casablancas (suspiro – ai ai).

John era MUITO mulherengo e se atrapalhava todo por qualquer rabo de saia. Assim sendo, claaaaro que o casamento dele com a Jeanette terminou por causa de uma modelo, né? O negócio foi que John se apaixonou pela modelo, ela deu um belíssimo pé na bunda dele e ele ficou sem ninguém. haha. Adoro essa parte da história. :)

A Elite cresceu um monte, teve escritórios em várias partes do mundo, fez festas concorridíssimas e começou com a mania dos concursos de modelos. Foi em um desses concursos aqui no Brasil que John conheceu sua atual mulher: Aline era uma das adolescentes que queria ser modelo, acabou desistindo da ideia e levou o coração do chefão do concurso.

Com a Elite já dominando boa parte dos castings de modelos e tendo revelado as grandes tops de várias décadas (Naomi, Cindy, Gisele, etc, etc), John resolveu sair da Elite. Antes disso, uma reportagem super escandalosa mostrou à todo mundo que o comandante de um dos escritórios da Elite drogava as modelos, pedia favores sexuais e às vezes agenciava as meninas. Super escândalo que levou o John a se desligar mais rapidamente da antiga agência.

Depois de alguns anos de aposentadoria, John resolveu abrir a Joy, aqui em SP. É ela a agência que fez o Beleza Mundial 2009, em conjunto com a Impala e a Mundial.

Aliás, semana passada rolou a final do concurso e eu fui (com direito a ter Big John do meu lado por um tempããão). Foi bem legal, mas a vencedora não foi a menina por quem eu estava torcendo. Mesmo assim, é óbvio que  a menina é linda, né? E na festa ainda conheci a Luli, uma hiper fofa!

E tava esquecendo de falar: o livro é CHEIO de fotos, boa parte do acervo pessoal. Adoro biografia que já vem com fotos, assim não perco tempo procurando por isso no Google. ;)