Ana Carô Amaral

Pensamentos soltos sobre a vida depois dos 30

Encontro na padaria

Esse mês vai fazer um ano da morte do meu pai e, até há umas duas semanas, nunca tinha sonhado com ele. E nem mesmo foi um sonho todo dele, com ele como personagem principal, mas mesmo assim foi uma coisa inédita pra mim.

No sonho eu tava em uma padaria super tradicional de Santo André, esperando uma amiga e, ao olhar para o lado, o vi ali meio triste. Perguntei o por que de tanta tristeza, ao que ele respondeu que “É que é uma coisa triste quando o nosso corpo vira uma concha vazia” e PAH – acordei. Não pude nem responder, nem abraçar, nem nada. Só isso, só essa frase solta e que faria tanto sentido vinda do meu pai.

Fiquei me perguntando por que esse sonho em uma soneca no meio de uma tarde de fim de semana. Por que eu estava justamente na padaria “chique” onde ele comprava doces quando queria agradar minha mãe durante a parada para comprar cigarro. Por que acordei instantaneamente, mesmo querendo continuar no sonho. E não tem por quê, né? Só foi assim. Coisas da saudade, que tem dia que bate bem forte por aqui.

Ana Carolina

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