Como já contei aqui, quando recebi o Lev para testar ganhei 4 livros na loja e ebooks da Saraiva. Dos quatro, o que mais me chamou a atenção foi Doze anos de escravidão, porque o filme foi muito comentado e eu ainda não tinha assistido.
O livro é todo contado por Solomon Northup, um americano que viveu até seus 33 anos como um homem livre no estado de Nova Iorque, na metade dos anos 1800. Northup tinha família, filhos, amigos, uma vida relativamente confortável. Até que um dia conheceu dois homens que lhe prometeram emprego em um circo, o enganaram e o venderam como escravo no Sul do país, onde a escravidão ainda era uma coisa legal na época.
Ao virar escravo, não só a liberdade foi tirada de Northup. Ele perdeu seus documentos, suas roupas, seu dinheiro e até seu nome. Para não encontrarem Solomon, ele foi renomeado de Platt e espancado quando tentou contestar o estado em que se encontrava.
Depois de aprender que lhe seria de mais valia não comentar com ninguém sobre seu passado de homem livre enquanto esperava a melhor hora para escapar, Solomon viveu por 12 anos como escravo em fazendas na Louisiana. Passou pelas mãos de três donos, dois deles bastante cruéis. Sofreu espancamentos, tomou chibatadas, passou fome, foi obrigado a dar chibatas em companheiros. A gente aprende na escola sobre a época da escravidão (que não foi muito diferente aqui e quem qualquer outra parte do mundo), mas acho que nunca conseguimos imaginar direito como eram os dias dessas pessoas. Os relatos sobre os sofrimentos que Solomon presenciou e viveu são o que mais marcam. Mães separadas dos filhos, abuso sexual, abuso de poder, falta de esperança, condições desumanas… tudo é dito muito claramente, já que estava muito vívido nas lembranças de Solomon enquanto ele escrevia o livro, pouco depois de conseguir de volta sua liberdade.
Aliás, saber que Solomon reencontra sua liberdade antes mesmo de eu começar a ler o livro é o que faz com que a leitura de tanto sofrimento seja mais suportável. A liberdade lhe foi dada novamente após a ajuda de um canadense que foi trabalhar na fazendo onde ele estava, uma carta foi enviada à conhecidos em Nova Iorque e houve uma grande mobilização para trazê-lo de volta à sua terra.
Depois de solto, Solomon escreveu o livro e passou o resto de seus dias lutando pela abolição da escravatura em todo o país. Deu palestras, viajou e, algum tempo depois, sumiu da vida pública. A data exata e o motivo de sua morte não são conhecidos.
Gostei muito do livro e corri para assistir ao filme. Do filme não gostei tanto, mudaram algumas coisinhas na história e achei algumas bem desnecessárias. :/
Recentemente traduziram o relato de um ex-escravo que conseguiu fugir em NY, mas que trabalhou no Brasil. Parece que era comum ex-escravos escreverem suas histórias, como uma forma de protesto para ajudar as leis abolicionistas.
Preço: R$19,90 no Submarino
vim aqui retribuir o comentário e amar seu blog, aí ia comentar logo no primeiro, o dos livro tudo. PORÉM LOGO QUE FUI CLICAR VI ESSE E TIVE QUE ENTRAR PORQUE num gostei do filme não :( foi uma das minhas maiores decepções cinematográfica de 2014, gosto nem de lembrar.
fico muito felix que a leitura tenha sido mais prazeirosa porque parece ser uma história muito digna de contar, apesar de tudo.
no mais, to apaixonada nos bloquinhos e nas cores e em tudo <3 <3 <3 lambendo a tela inclusive
beijo!
Ahhhh, que amor você! :D
O livro é bem legal, Duds. O filme não é mesmo tudo isso não. :/
Ah eu não tenho vontade de ler nem assistir ao filme, eu sou meio sensível para histórias com tanto sofrimento, abuso, espancamento, essas coisas… :(
É tão triste, concordo com você que mesmo com tantos relatos de ex-escravos, nada deve chegar perto do que eles realmente sofreram né…
Um beijo
Olhei pra ele algumas vezes (antes de parar de comprar livros), mas não estava na minha lista de prioridades. Mas parece uma boa opção pro desafio dos livros… Vou tentar encontrar de graça pro kindle :D
Gostei muito da resenha, mas sei que esse período vou ter leituras tão densas na faculdade, que to guardando as férias pra leituras leves. Daí pensei em ver o filme, mas como tu falou que não é legal… desisti. Vou ficar só sabendo a história pela tua resenha mesmo. =*
Eu assisti o filme. Eu até gostei bastante dele, apesar de ter achado angustiante. Mas já tinha ouvido falar que o livro é melhor. Geralmente os livros são quase sempre melhores que os filmes baseados neles!