Ana Carô Amaral

Pensamentos soltos sobre a vida depois dos 30

Economizando na hospedagem: Hostelworld e airbnb

Nunca viajei muito, então sempre fiquei perdida com descrições de quartos, diferenças entre hotel e hostel e as vantagens em se alugar um apartamento de temporada. Tive que aprender tudo na marra, li várias dicas por aí e resolvi juntar em um post algumas questões para as quais não encontrei respostas em lugar algum.

Para começo, recomendo esse post da Camies. O post me ajudou bastante a entender um pouco melhor como começar a procurar onde ficar.

Como a viagem seria longa e a gente queria um quarto não muito luxuoso mas com o mínimo de conforto (dividir banheiro com desconhecidos está fora de questão, baby. Desculpa, mas não sou tão desprendida assim), definimos que procuraríamos quartos em hotel, suítes privativas em hostels e apartamentos que fossem alugados inteiramente para nós. Chatos? Talvez. Sem espírito mochileiro? Sim, senhora. Sabíamos que não sairia tão barato assim? Com certeza. É isso o que acontece quando você começa a viajar perto dos trinta, a gente já não topa tanta coisa assim. Hahaha. :p

Tirei alguns dias para pesquisar sobre cada destino. Fiz assim porque não consigo pensar em muita coisa ao mesmo tempo e me confundiria se procurasse a hospedagem para todos os lugares em um único dia.

A primeira coisa que eu fiz foi ir ao Booking.com e pesquisar. Aí veio o balde de água fria: os hotéis que estavam dentro do meu orçamento não pareciam muito legais. A maioria era meio velho ou ficava em lugares mais afastados. Como gostamos de andar muito e preferimos fazer isso à pegar muito transporte coletivo durante as viagens, desisti.

hostelworld

Uma amiga me indicou o Hostelworld e como eu já passei boa parte da vida vendo minha irmã se hospedar em hostels (ou albergues, como você prefira chamar) e gostar, fui pra lá. O site é basicamente igual ao Booking.com, com a diferença óbvia de que só lista hostels na busca. Você coloca local, data, número de hóspedes e algumas outras coisas essenciais para você (eu sempre buscava suítes privadas para duas pessoas) e o site lista para você todos os parceiros deles com quartos disponíveis. É fácil, simples, rápido e você faz toda a transação pelo próprio site. Claro que antes de fechar é sempre bom checar as qualificações de antigos hóspedes tanto no Hostelworld quanto no TripAdvisor, entrar no site do hostel para checar mais fotos e tudo mais.

No final das contas a única hospedagem que fechei usando o site foi em Lisboa, em todas as outras cidades a disponibilidade diminuía muito rápido e perdi algumas oportunidades que eu tinha gostado mais. Então fique de olho: se você gostou de algum hostel, checou tudo e acha que ele é o certo para você, feche o negócio logo.

Depois de fazer o pagamento pelo Hostelworld mandei e-mail de confirmação para o e-mail do hostel (peguei no site deles), só para garantir. Tudo confirmado, rápido e bem prático.

airbnb

Já em Paris, Berlim e Amsterdã aluguei apartamentos pelo airbnb. Como eu nunca tinha ido à nenhuma das cidades, aproveitei e usei o guia de bairros deles para escolher o bairro onde eu queria ficar. O guia é ótimo, bem prático e cheio de informações. Pena que para Amsterdã não tem, então para lá tive que pesquisar em alguns blogs e encher o saco da Paula. Depois de ver os bairros que eu tinha gostado mais, falei com gente que já foi às cidades para confirmar se eles eram legais mesmo. Acertei na escolha de todos. :)

Tenho que confessar que fiquei com medo de alugar apartamentos diretamente dos proprietários, mas como só tinha ouvido relatos bons e contentes de quem usou, arrisquei. A primeira parada era Paris e como eu voltaria para lá por mais dois dias antes de pegar o avião de volta para o Brasil, já reservei o mesmo apartamento para os dois períodos.

Por ser apartamento, geralmente os donos são mais flexíveis com os horários de check-in e check-out. Agendei com os donos os horários antes mesmo de sair do Brasil e só tive dois problemas: em um não tinha ninguém esperando a gente no horário marcado e em outro a dona resolveu que precisava do apartamento antes do horário que havíamos combinado para check-out.

Para fazer a reserva no site você tem que solicitar a aprovação do dono do apartamento. Nessa hora ele vai checar o seu perfil, então é bom que você tenha preenchido bem o seu. Ele também vai ler referências e reviews de outros lugares que você já alugou. Feito isso, ele pode aprovar ou não a sua estadia. Essa é a parte mais chatinha, já que você tem que esperar por uma resposta do dono e ela pode ser negativa. O próprio site te incentiva a enviar pedidos e dúvidas para mais de um apartamento, sempre. Aproveite essa hora para tirar todas as dúvidas e confirmar com o dono o que para você é imprescindível (eu perguntava sempre sobre wi-fi, máquina de lavar roupa e roupa de cama/banho). Achei que tinha coberto tudo com as minhas perguntas, mas não fui bem específica na sobre a máquina de lavar: em um dos apartamentos até tinha uma, mas não havia lugar para pendurar as roupas (e eu estava apenas com uma mochila pequena com roupas!). Enfim: pensei bem nas perguntas, cheque tudo o que é importante para você e só então feche a reserva.

O pagamento é feito pelo próprio site (que cobra uma taxa em cima do valor da reserva), o dono do apartamento só recebe o dinheiro 24h depois de você ter efetuado o check-in, para dar mais segurança ao hóspede. O processo todo é bem tranquilo e fácil. É mais demorado do que reservar um hostel ou hotel porque você depende das respostas do dono do apartamento e ele pode demorar um pouco com isso.

Talvez por ser na Europa, me decepcionei um pouco com os apartamentos: dois deles eram muito mais velhos e mal cuidados do que pareciam nas fotos. Isso porque não me liguei que na Europa a maior parte dos prédios são antigos, né? E aí juntou a falta de vontade dos donos em deixar o apartamento bem conservados e deu no que deu. Vou falar melhor sobre cada apartamento quando chegar aos posts sobre os destinos, mas tenho que dizer que hoje eu não sei se me hospedaria usando o airbnb novamente. Peguei um pouquinho de trauma.

Conversei com alguns amigos que tinham me indicado o site e todos eles usaram para viajar pela América, então não sei se os problemas que tive foram por europeus terem costumes diferentes dos nossos ou se a minha expectativa que era muito alta. Você já usou os serviços do site? Gostou dos apartamentos que alugou? Me conta!

Ana Carolina

8 comentários em “Economizando na hospedagem: Hostelworld e airbnb

  1. Na minha última viagem pra Buenos Aires eu aluguei um apartamento pelo Airbnb. Como fui com o namorado e iríamos ficar na cidade por 7 dias, achamos melhor que reservar hotel e não tivemos nenhum problema com o apartamento. As fotos estavam de acordo com a realidade e saiu bem mais em conta que ficar em hotel.

    Acho que o mais importante é tirar todas as dúvidas com o proprietário antes de efetuar a reserva e deixar bem claro os horários de entrada e saída do apto. Na chegada que nos entregou a chave foi a zeladora do prédio e na saída uma funcionária do proprietário.

    Pelo que percebi, em Buenos Aires também tem muito prédio velho e mal conservado, tem que pesquisar bem. Tem que ler todos os comentários dos outros hóspedes, pois muitas vezes todos comentam do mesmo problema.

    1. O pior é que fiz tudo isso, Si. Só no lance de perguntar sobre o varal em Amsterdã que pequei. :/
      Nos três os reviews eram super elogiosos, todo mundo falando super bem.. fiquei meio sem entender.
      Mas quando for pra Buenos Aires vou querer a indicação do que você ficou, porque o valor vale a pena mesmo. Gastei MUITO menos do que se tivesse ficado em qualquer hostel ou hotel.

  2. Usei o Airbnb aqui na NZ e foi tranquilo, alugamos um chalezinho numa chacara, so vimos os donos na casa principal quando pegamos e devolvemos as chaves. Mas acho que eh sempre um risco que se corre, seja hotel ou apartamento, vai mto da sua sorte.

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