Tenho uma amiga que é doida pela Audrey e, por causa dela, há algum tempo resolvi assistir à Bonequinha de Luxo e ver se gostava. Sinceramente? Achei a história beeeem bobinha, mas dá para entender o porquê do filme ser um clássico. Na época em que foi lançado, um filme sobre uma garota de programa (ou acompanhante de luxo, que acho que é mais o caso da Holly) que não é vulgar ou totalmente esterotipada era algo bem diferente. Audrey também está uma graça no papel, engraçadinha na medida certa.
Logo que assisti ao filme, pedi o livro emprestado para a amiga (obrigada, Ká!) e agora nas minhas férias li. Gostei, achei a adaptação para o cinema muito bem feita e, lendo, acabei gostando mais da personagem. Não acho que seja algo tão grandioso (prefiro muito mais a faceta sanguinária do Capote), mas é legal. Acho que é um daqueles casos de que se você não conheceu a história quando ainda era novo não cria o laço afetivo certo com ela e acha sem graça quando fica sabendo o que é.
Acho que é difícil alguém não saber sobre o que é a história (sério, acho que eu era a única mulher que conheço que ainda não tinha visto esse filme!), mas lá vai um resuminho: Holly é uma garota do interior que foi para NY, aprendeu a ser uma garota de cidade grande e assim consegue se virar bem. Sai com homens ricos, frequenta festas badaladas e se veste bem. Ganha dinheiro e presentes desses homens (não disse que o termo acompanhante de luxo era mais adequado à ela?) e aproveita a vida, sem apego à nada nem à ninguém.
Nessa edição que peguei emprestado há mais três contos. O último foi o que me ganhou e fez eu gostar bem mais do livro. “Memórias de Natal” é contado em primeira pessoa, por um garoto super pobrinho e que tinha como maior companheira na infância uma senhorinha. Ele fala sobre aqueles dias, sobre a tradição que eles tinham de todo final de ano cozinhar bolos para as pessoas queridas. O conto é triste, fiquei o tempo todo com o coração apertado e chorei ao final, no meio do metrô lotado às seis da tarde, mas who cares? Gostei bastantão.
Gosto muito do filme não somente pela “graça” da Holly/Audrey, mas principalmente pela fotografia e os figurinos dela…
Vou ver se leio o livro! Geralmente é ainda melhor ;)
Gostei mais do livro, Luane! Achei ele mais divertido.