A Camies leu e me falou que eu TINHA que ler esse livro. Super confio no gosto dela, então ele foi pra minha wishlist. Mas ela foi mais rápida e no Blogueria de páscoa, levou o livro pra me emprestar. Fiquei super feliz porque: 1 – finalmente tava conhecendo a Camies ao vivo e 2 – achei muito fofo o carinho dela em me emprestar o livro e dizer “trouxe porque você TEM que ler“. <3
A história do livro acho que todo mundo já sabe: Sapphire (a autora) trabalhou como assistente social em Nova York por anos e escreveu um livro em que junta vários pedaços de histórias que ouviu das pessoas que ajudou nesse tempo. É um livro de ficção, inspirado por história reais. E é aí que o bicho pega.
A personagem principal é Precious, uma adolescente de 16 anos que é obesa, negra, pobre e tem dificuldades de aprendizado. Além disso, ela mora com a mãe, que é o demônio em forma de guri, uma maldita. E não para por aí: ela é abusada desde os 3 anos de idade pelo pai, que a engravidou quando ela tinha 12 anos (e aí nasceu Monguinha, sua primeira filha, com Síndrome de Down) e agora, aos 16. Filho da puta é pouco pra esse maldito e desgraça pouca é bobagem na vida da menina.
Esse foi o primeiro livro que li na vida que me fez ter reações físicas: tive que parar de ler o livro umas duas vezes, porque meu estômago embrulhou e estava a ponto de vomitar. Forte, impressionante.
O livro é narrado pela própria Precious, escrito com erros gramaticais propositais, parece que você realmente está lendo o diário dela. Os pensamentos são dispersos, ela é revoltada, excluída, maltratada e, ainda assim, consegue ser vaidosa, amável e sonhadora (o livro é pontuado por suas fantasias de que está em clipes da tv, capas de revista, etc). Fala sobre os abusos do pai com um tom que beira a inocência e com nojo e raiva dos abusos (morais, físicos e sexuais) que sofre da mãe. Sim, porque a maldita da mãe além de culpá-la pelo marido ter saído de casa e pela menina engravidar do maledeto, ainda faz ela de escrava doméstica e a abusa sexualmente. Falei que desgraça pouca era bobagem ou o quê?
O mais incrível de tudo é a relação da Precious com os filhos: Monguinha mora com a bisavó e ela não vê, não visita, nem se preocupa em ter notícias da menina (tanto que não se refere pelo nome da menina em nenhum momento, somente pelo apelido maldoso e diz coisas como “a Monguinha tem Sindro de Dao“). Já Abdul é amado desde antes de nascer e é por ele que Preciou enfrenta a mãe, sai de casa e resolve melhorar de vida.
Pelo menos Precious encontra a senhorita Rain, que a ajuda e a leva para uma escola para alunos com problemas de aprendizado. Lá ela conhece outras mulheres com tantos (ou mais) problemas e histórias terríveis quanto as suas próprias. São elas que dão força à adolescente para ela estudar, aprender e evoluir.
Quando parece que Precious conseguiu arrumar (minimamente) sua vida, a bomba: o pai morreu de Aids e, depois de tantos anos de abuso, ele pode ter transmitido o vírus para ela. Quê? Eu já odiava o pai dela com todas as minhas forças, nessa hora eu matava o desgraçado se ele não estivesse morto. hahaha. Pois bem: ela tem Aids, mas Abdul e Monguinha não.
A história virou filme, foi o grande bafafá do Oscar desse ano e, dizem, bem merecido.
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O livro foi tão forte, que até agora não assisti o filme. Não quis, acho que formei imagens chocantes o suficiente na minha cabeça enquanto lia a história, não quero ver na tela tudo isso de novo. Pelo menos, não por enquanto.
Acho que esse tipo de literatura é meio pesado pra mim…. acho que eu sou mais de ler aqueles mais fantasioso, romance com pitadas de comedia e coisas do genero! acho que Preciosa deve ser meio forte, até pelo comentario de todo mundo que eu vejo, inclusive o seu! As vezes acho que nem acreditamos que historias como essas existem!
Eu fiquei com vontade de ler esse livro desde quando começaram a falar sobre o filme. Aí um belo dia, minha sogra contou a história do filme e eu desisti de ver o filme e ler o livro. E só de vc contar a história já estou enjoada.
Beijocas
Todo mundo prefere o mundo encantado das princesas. Eu gosto de saber que a vida é dura, e que mesmo assim, todos são preciosos.
Assisti ao filme, me embasbaquei, chorei, paralizei.
As atuações no filme são maravilhosas, e o Oscar de coadjuvante pra mãe da Precious não poderia ter sido ganho por mais ninguém. Assista o filme, quando puder.
beijo
Eu li esse livro… foi um dos poucos que eu tive reações “fisicas” e ter gostado.
Enjoo é pouco, eu queria entrar dentro do livro e socar o pai e a mãe… fiquei imaginando que devia ser aquelas “Jabulanis” bem porcas… parecia até q eu sentia o cheiro da casa…
Livro excelente…
Eu assisti ao filme, ele tem muitas coisas chocantes, mas acredito que perto do livro e das imagens que ele criou em sua cabeça, não deve ser tão chocante quanto.
Assista sim, vale a pena, é bonito de mais.
E eu vou ficar querendo ler o livro. =)
Beijos
suuuuuuuuper afim de ver esse filme :) parece ser emocionante!!!
é foi chatão ver esse filme ganhar vários oscars e eu não ter a mínima noção de que filme é, morrendo de vontade de assistir ehuiaehuiahueuiae!!!!!!!!!! mas sempre acontece né :P
beijos!
pra mim ver o filme foi suficiente. li que no livro tinha sequências de abuso sexual por parte da mãe e fiquei contente deles terem cortado isso do filme. já tinha desgraça o bastante na vida da coitada, mostrar mais isso ainda seria de embrulhar o estômago.
acho que o filme não é tão forte quanto o livro, ele não quis enfocar nos maus tratos de forma tão forte, mas vale a pena assistir, é lindo anyway
bejoooooooooooo
Eu não sabia que exixtia o livro por detrás do filme(ignorância minha)!
O filme não quis assistir porque achei algumas imagens que vi de relance um pouco fortes..
JÁ FIQUEI COM ÓDIO DOS PAIS DELA DESDE AGORA!
não sei se vou ler, não gosto muito de reações físicas…
=/
Eu li e adorei.
O filme é SUAVE, sério! O livro choca mto mais hahaha.
Vc gostou ou não? HAHA fiquei na dúvida! :P
Oooutch que fdp…. acho que nem vou ver o filme, apesar de que, como sempre, ele vai ser bem diferente do livro, e talvez a sua revolta fique por isso haahaha