Há exatamente um ano escrevi esse post. Lembro bem da sensação e da frustração que eu sentia na hora. Engraçado, mas de novo esse ano fiquei pensando no presente.
Na verdade, fiquei pensando nesta data no ano de 2008 ou 2009, não sei bem. Eu trabalhava em uma agência ao lado de dois shoppings e deixei pra comprar o presente de aniversário do meu pai na última hora. Saí de casa de manhã pensando em comprar alguma coisa na livraria na hora do almoço mas é claro que o mundo publicitário acabou com esse planejamento e aquele dia não consegui sair para almoçar, quanto mais passar em livraria. Também saí tarde do trabalho, umas 21h e ainda demorava 2h para chegar em casa, em Santo André. Então saí correndo, passei nas Americanas e comprei um monte de barra de chocolate. Entre chegar atrasada e de mãos abanando e atrasada com uma sacola cheia de chocolates e um pedido de desculpa pelo presente tosco, achei que agradaria mais com a segunda opção. Acertei, claro, porque chocolate não é algo que se negue.
Perdi o jantar e não lembro o que era naquele dia, mas com certeza era alguma coisa com carne ou peixe, pra agradar o aniversariante (uma pequena tradição da Dona Bete, o aniversariante ganha sua comida favorita no jantar de aniversário – o menu do meu sempre foi macarrão com estrogonofe). Cheguei quase na hora dos meus pais irem dormir, com o dia quase acabando. Dei meus chocolates, dei um abraço e falei que depois compraria um livro bem legal pra ele. E ele sorriu, disse que não precisava mas que O CHOCOLATE ERA SÓ DELE, nada da gente pegar uns pedaços. Hahaha. Se dei o livro depois, nem lembro. Mas esse dia sempre voltava à minha cabeça nos outros aniversários do meu pai que vieram depois. Todo ano eu ficava pensando no que dar para agradar e, pra ter certeza, botava sempre um chocolate junto. Se não ganhasse ele pelo presente principal, sabia que o agradaria pelo estômago. :)
Feliz aniversário, pai. Hoje vou ficar aqui ouvindo Elvis e Sinatra em sua homenagem.