Ana Carô Amaral

Pensamentos soltos sobre a vida depois dos 30

Amsterdam – Anne Frank Huis

Eu sei, Amsterdam tem MUITO museu. E sim, eu sei que todo mundo tem que ir em vários museus na cidade porque eles são imperdíveis. Maaaaas…. eu só fui em dois. Ha! A gente foi a vários castelos e museus durante toda a viagem e quando chegamos em Amsterdam já estávamos meio cansados da coisa, sabe como? Por isso focamos só em dois que queríamos muito: a casa da Anne Frank e o do Van Gogh. Era para eu falar dos dois nesse post, mas acabei falando taaaanto sobre a casa da Anne que ficaria enorme se fizesse isso. Quem sabe outro dia não falo do museu do Van Gogh, né? ;)

Não tenho foto alguma de lá porque é proibido fotografar lá dentro. Então peguei fotinhas no São Google para ilustrar, porque é demais e eu não podia deixar de mostrar algumas imagens aqui.

Essas viraram minhas fotos favoritas da Anne. Comprei postal com algumas delas. Foto: mimmis.olsson
Essas viraram minhas fotos favoritas da Anne. Comprei postal com algumas delas. Foto: mimmis.olsson

A Anne Frank Huis é a casa onde Anne Frank, sua família e alguns amigos ficaram escondidos dos nazistas na Segunda Guerra Mundial. Otto, seu pai, tinha uma empresa nesse prédio e aproveitou o sótão para abrigar a família. Hoje o museu ocupa o prédio original e o do lado.

Pegamos uma fila grande e um tanto demorada para fazer a visita, mas você pode comprar os ingressos no site e ir direto para a entrada na hora marcada. Bem mais tranquilo. ;)

Ao entrar, você vai conhecendo a história de Anne em detalhes. Os anos em que a família morou na Alemanha, a vida que levavam depois de se mudarem para Amsterdam, os amigos que os ajudaram a permanecer escondidos dos nazistas por dois anos e os amigos que se esconderam junto com eles. Essa parte é toda nos primeiros andares do prédio, então você vai passando por onde os funcionários andavam na empresa do pai de Anne sem saber de nada sobre os judeus escondidos a alguns metros.

Em uma dessas salas tem uma maquete que mostra a disposição dos móveis na época do esconderijo. Como os nazistas esvaziaram todos os cômodos quando prenderam os Frank, o pai de Anne não autorizou que colocassem móveis parecidos de volta, pois ele queria que as pessoas vissem o lugar como ele realmente tinha ficado. Por isso a maquete é bem interessante, só nela você consegue ter uma visão geral dos móveis que ficavam por lá.

Foto: MX Award
Foto: MX Award

Você vai caminhando e subindo escadas e de repente dá de cara com a famosa porta/estante de livros que Anne tanto fala em seu diário. A estante é super normal e fica difícil imaginar que há uma porta atrás dela. Ao passar ali, você sobe para os cômodos do esconderijo, vazios e com as paredes deixadas exatamente como estavam no dia em que a família foi levada dali. No quarto de Anne ainda podemos ver os recortes de famosos que ela colava na parede, exatamente como eu imaginava.

Você pode passar por todos os cômodos mas não pode subir ao sótão, onde Anne deu seu primeiro beijo. A escada para lá está baixada, mas há uma tampa de acrílico que impede de subir. Uma pena, a vista lá de cima deve ser bem legal, como Anne dizia.

Depois de passar pelos cômodos você acaba entrando no prédio do lado, sem perceber. Ali há telas com depoimentos de pessoas que conheceram Anne ou passaram algum tempo no mesmo campo de concentração por onde ela e seus familiares passaram. Também há algumas curiosidades sobre os funcionários de Otto que ajudaram a família a se esconder e vídeos de pessoas (famosas ou não) sobre a importância do Diário de Anne para eles.

O banheiro do esconderijo. Foto: n8
O banheiro do esconderijo. Foto: n8

A última parada é a lojinha e olha: eu queria TUDO. Hahaha. Lojinha de museu sempre tem várias coisas legais, mas a da Anne tinha edições lindas do diário (a mais legal, com a capa meio fofinha foi lançada no final do ano passado aqui no Brasil. LINDA!), alguns outros livros sobre a família e a vida dos judeus durante a Guerra, postais e tudo quanto é tipo de presentinhos. Saí de lá com um livro muito legal com muitas fotos e curiosidades sobre o esconderijo e alguns postais. Na mesma noite devorei todo o livro, de tão interessante que é. Quero reler para resenhar direitinho para vocês, porque é muito legal.

Na resenha do livro já falei um pouquinho sobre a piração que sempre tive com a história da Anne, então você pode imaginar a emoção que foi estar lá, na casa onde ela, sua família e seus amigos passaram alguns anos escondidos. Sempre ouvi dizer que tudo é muito pequeno e imaginava assim mesmo, mas estar lá e realmente ver o quão pequeno era o espaço e imaginar passar anos sem sair dali é um tanto quanto sufocante. É bem comum você encontrar pessoas chorando durante a visita e confesso que eu mesma fiquei com os olhos cheios d’água várias vezes. É impossível para mim imaginar todo o sofrimento pelo qual aquela e tantas outras famílias passaram durante aqueles anos.

Caso você esteja se perguntando sobre a casa onde Anne morava antes de ir para o esconderijo, ela ainda existe. Fica na Merwedeplein, no sul de Amsterdam, onde hoje fica uma estátua da menina. Hoje não é habitada por ninguém, nem aberta a visitações. Houveram algumas visitações de um único dia, mas o apartamento é usado principalmente como abrigo para escritores refugiados que eram perseguidos em seus países de origem. Você pode ver um vídeo do apartamento aqui.

Mais informações: Site oficial

Ana Carolina

7 comentários em “Amsterdam – Anne Frank Huis

  1. Talvez se deixassem tirar foto, as filas iam ter o triplo de espera.

    Mas mesmo lendo o livro e vendo mapas e fotos, não consigo imaginar quão pequeno era. Acho que só estando lá para entender o real significado do confinamento deles.

    1. É muito difícil mesmo imaginar direitinho, Lec. Primeiro pq nem passa pela nossa cabeça viver um treco desse, né? Então o que já seria terrível pra gente não chega nem perto do que realmente era….

  2. esse foi o principal motivo por eu ter decidido visitar Amsterdam.
    Compramos os ingressos antes da viagem, mas só conseguimos em horários diferentes, então acabei entrando sozinha. Tive que segurar o choro do início ao fim. Só sei que quando sai de lá e encontrei com o Felipe, não aguentei e cai no choro. Estar lá e ver o quanto era pequeno o lugar e tentar se imaginar vivendo daquela forma é muito difícil.
    Minha vontade era comprar tudo, mas tive que me contentar com um livro e um postal.

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